Presente o Paraná Clube faltoso

ventura

Tive o privilégio de ler a coluna de hoje do correligionário paranista e paranautista Luis Hansen. Em sua explanação ele faz menção ao caráter eminentemente faltoso do time.  Paraleliza a questão do Tricolor ser um grupo voltado para a marcação forte, com a também real presença de um número excessivo de cometimento de faltas. No mesmo trabalho diagnostica a referida dicotomia como sendo fruto de falha na aplicação do tal fundamento, o de marcação, justamente escolhida para minimizar possibilidades de risco, que obrigam à feitura das cargas “ilegais”, facilmente puníveis, quando se trata do Paraná Clube em campo.

No último jogo, o de sexta-feira, 15, o time falhou bastante na marcação, sendo vistos os jogadores adversários muitas vezes livres para estabelecimento de jogadas, tantas delas resultando em perigo e necessitando de abortamento faltoso. Vejo aí o acerto do amigo e colunista tricolor, no que tange às denunciadas e costumeiras falhas de marcação. A diferença, na aludida partida de futebol, foi que os nossos combatentes, desta feita, devem ter elevado a nossa classificação no ‘ranking’ de desarmes, pois foram várias roubadas de bola, não sei se por exclusiva aplicação dos proficientes envolvidos ou se por ruindade mesma dos nossos contendores pontuais.

Contudo, apesar de tantos desarmes, não aproveitados para conversão em gols-pró, foram muitos os perigosos avanços e ‘chuveirinhos’ do adversário, em contra-ataques, a ponto de, num deles, com o árbitro dando graças a Deus, vermos marcado um pênalti contra nós (diga-se de passagem, um pênalti encenado pelo ‘cheirado’ Roni, que, vamos e venhamos, não foi, efetivamente, derrubado pelo Brinner, ou por quem quer que estivesse no lance fatídico), e, em outro dos tais avanços, a falta que resultou na perigosa expulsão do Serginho (faltavam alguns intermináveis minutos, ainda, para o final da partida). Tudo isto, certamente, fruto do descuido no esquema de marcação, como já diagnosticado pelo referido colaborador do saite.

Mas, minha gente, considerado o seu caráter faltoso, e ausente a perfeição na marcação, o Paraná Clube disse presente aos nossos sonhos de redenção, após mais essa vitória contra o Vila Nova, mesmo sem muitas jogadas efetivas de gol, mas com duas suficientes, belas e alvissareiras. Acho que podemos confiar na manutenção da qualidade e no sucesso do time, neste ano. No jogo da última sexta-feira, com muita falha de marcação, mas também com muitos desarmes, e mesmo com um Wellington sonolento na armação, tivemos em campo dois jogadores em fase de evidente revigoramento físico e técnico, que estiveram muito despertos, leves, lestos: o Jefferson Maranhão e o Giancarlo, quase redimidos de ruins atuações anteriores.

Destarte, vê-se nesse time o que há muitos anos não se via pelos lados do Tricolor: um grupo efetivamente coletivo, solidário, lutador;  com falhas, é lógico e esperável, mas com muita qualidade e perceptível solidez, a nos tornar esperançosos e otimistas, em meio a muita paixão e emoção, envoltos que nos vemos na imensa alegria de perceber o nosso Paraná Clube se reerguendo, reconquistando seu espaço, com marcação, com faltas, com jogadas bonitas, com gols, com presença positiva.

 

Henrique Ventura, o Sênior  –  17.07.2011.

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